segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Temos Vagas!


Não, não estou me referindo ao suspense de 2007 com a Kate Beckinsale. Acontece que, divagando por aí com os meus pensamentos em meu horário livre, pensei que seria de muita ajuda novos garçons entregando café pra essa clientela toda. Então, decidi abrir as inscrições para novos membros do blog! Se estiver interessado, basta seguir os passos abaixo:



Regras:
1° - Saiba que a participação no blog é totalmente colaborativa. Você não receberá qualquer tipo de bônus ou remuneração; por isso, só se inscreva se você tiver como objetivo expor suas opiniões, seus gostos, e encontrar quem as compartilhe;
2° - A regra para escrever em qualquer blog é fugir ao máximo dos textos grandes (mas nada de fazer do post algumas frases soltas, em?), e escrever detalhadamente e com uma linguagem correta e acessível a todos.;
3° - Ter conhecimento de como usar o Blogger.

Inscrição:
- Mande seu e-mail para acafeteriadaesquina@blogspot.com ou deixe um comentário no post com os seguintes requisitos:
- Nome completo;
- Estado;
- Anexe, cole ou mande um link de um ou mais textos de sua autoria;
- Seu e-mail (caso mande sua inscrição via comentário);
- Escreva qual(is) o(s) assunto(s) que você domina bem e que poderia escrever no blog (livros, séries, filmes, HQs, etc.), lembrando que deve ter ligação com entretenimento/cultura;
- Por último, sua disponibilidade.

Obs: Também são aceitas as pessoas que têm ou participam de outros blogs, desde que elas tenham a certeza de que terão disponibilidade para trabalhar em ambos.

Não há um número exato de inscrições aceitas. Todas aquelas que cumprirem os requisitos citados acima serão aprovadas. As inscrições estarão abertas até o dia 10 de janeiro, quando entrarei em contato com as escolhidas via e-mail. Estou contando com vocês. :)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Lá Fora, Agora! 22/01/2012


Desculpem pela demora por mais postagens, queridos clientes! Acontece que eu decidi tirar umas férias (sabe, entregar cafés também cansa!), mas agora a cafeteria voltou com novidades. Antes de tudo, vou abrir vagas para novos funcionários, mas isso é assunto pra outro post. Agora, vamos com a postagem de janeiro da seção Lá Fora, Agora!, em que eu mostro a vocês os livros mais vendidos mundo afora. Lembro mais uma vez que os países pesquisados são Estados Unidos, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Argentina, Alemanha e Portugal. Prove o café e não se esqueça de comentar:


O Prisioneiro do Céu 

Autor: Carlos Ruiz Zafón
Gênero: Ficção
Sucesso na Espanha e Argentina (El Prisionero del Cielo)
Sinopse: Barcelona, 1957. Daniel Sempere e seu amigo Fermín estão enfrentando o maior desafio de suas vidas. Justo quando tudo parece bem, um perturbador personagem visita a livraria de Sempere e ameaça revelar um terrível segredo enterrado por duas décadas nas escuras memórias da cidade. Ao saber da verdade, Sempere percebe que o seu destino inexoravelmente o fará enfrentar a maior das sombras: a que ele guarda em si. Repleto de emoção e intriga, é um romance magistral onde os fios dos livros antecessores se convergem através da magia da literatura e nos levam para o enigma que está escondido no coração do Cemitério dos Livros Esquecidos.
No Brasil: Este livro é o terceiro de uma saga (mas eles podem ser lidos individualmente). Os outros dois, O Jogo do Anjo e A Sombra do Vento, foram publicados no Brasil pela Suma. Não se sabe quando ele será publicado no Brasil.


Os Homens Que Não Amavam As Mulheres
Autor: Stieg Larsson
Gênero: Policial, Thriller
Sucesso nos Estados Unidos (The Girl with the Dragon Tattoo), França (Les hommes qui n'aimaient pas les femmes), Inglaterra (The Girl with the Dragon Tattoo) e Argentina (Los Hombres que no Amaban A las Mujeres).
Sinopse: Primeiro livro da trilogia cult Millenium, do sueco Stieg Larsson, Os Homens Que Não Amavam As Mulheres se passa em uma ilha na Suécia onde vive a milionária família de empreendedores Vanger. Há quarenta anos, a sobrinha de Henrik Vanger, Harriet, desapareceu da ilha. Ela nunca foi encontrada, e o mistério maior é que ela não poderia ter saído, já que o único ponto de acesso à ilha estava interditado no momento de seu desaparecimento. O que mais atormenta Henrik é que sua sobrinha, que era uma espécie de filha pra ele, tinha o costume de entregar uma flor emoldurada ao tio todo o ano, no dia do seu aniversário, e, mesmo que a jovem tenha desaparecido, todo o ano Henrik recebe pelo correio uma flor emoldurada. Isso faz com que o velho desconfie que o assassino de sua sobrinha, porque ele acha que ela fora morta, continua fazendo isso para irritá-lo. Muito velho, Henrik não quer morrer até descobrir o que aconteceu com sua sobrinha. Para isso, como uma última tentativa, contrata o jornalista Mikael Blomkvist para reabrir o caso. Blomkvist aceita o caso e pede a ajuda de Lisbeth Salander, uma hacker, punk, misteriosa e antissocial. Juntos, eles descobrirão que os mistérios da família Vanger não se restringem a quarenta anos atrás. 
No Brasil: O livro, assim como toda a trilogia, já foi publicado no Brasil em 2004 e virou um best seller. O motivo de Os Homens Que Não Amavam As Mulheres voltar ao topo da lista de mais vendidos de vários países (na verdade, os outros dois livros também) é a nova adaptação cinematográfica (porque já existe uma feita na Suécia) da trilogia - desta vez, feita por Hollywood e pelo renomado diretor David Fincher (que adaptou o livro Bilionários Por Acaso para o cinema ano passado, resultando em um longa fantástico chamado A Rede Social). O filme, que está sendo muito elogiado, estreará no Brasil no próximo dia 27, e traz no elenco principal Daniel Craig, Rooney Mara e Christopher Plummer. A trilha sonora, estupenda (uma das melhores que eu já ouvi), já está disponível na internet.


O Espião Que Sabia Demais

Autor: John Le Carré
Gênero: Thriller
Sucesso nos Estados Unidos e Inglaterra (Tinker Taylor Soldier Spy)
Sinopse: Tornou-se fora de dúvida em Londres que em algum ponto, nos mais altos círculos do Serviço Secreto Inglês, havia um agente duplo, ali colocado, dentro da sua estrutura interna, talvez muitos anos antes, pelo Centro de Moscou. Era também evidente que o duplo agente só podia ser um dos cinco homens brilhantes e complexos, provados na nação e interdependentes, apesar de violentos choques de temperamentos de penosas diferenças de classe e de sensibilidade, apesar de regra básica da profissão que exerciam de não confiar em ninguém. George Smiley, talvez o mais brilhante e complexo dos cinco, foi encarregado de descobrir o duplo agente e destruí-lo sem piedade. Inicia ele assim a sua jornada cega para o desconhecido, investigando até o seu próprio passado e numerosos episódios que nunca tiveram solução. Pouco a pouco, uma bateria de espelhos ilusórios é quebrada e uma miragem se dissipa. Quase casualmente, à medida que o romance se encaminha para a sua conclusão reveladora.
No Brasil: O livro é de 1974, mas só agora entrou na lista dos mais vendidos. O motivo, como o do livro antecessor, é a adaptação cinematográfica que chegou aos cinemas há pouco tempo (no Brasil, há duas semanas), com Gary Oldman, Colin Firth, Tom Hardy, entre outros.




Os Litigantes
Autor: John Grisham
Gênero: Suspense
Sucesso nos Estados Unidos, Inglaterra (The Litigators) e Itália (I contendenti)
Sinopse: O mestre incomparável do thriller jurídico leva-nos mais profundamente no labirinto que é o sistema de justiça americano, sempre atraindo-nos com um gancho irresistível, puxando o fio da tensão mais e mais, e depois no surpreende com uma conclusão nunca vista.
No Brasil: Não há informação de quando o livro estreará por aqui.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Arma Escarlate, de Renata Ventura


Como eu já disse milhares de vezes aqui no blog, cuidado é sempre pouco quando for criar uma história de fantasia. O autor tem que ter maturidade suficiente para levar seu mundo ao público sem exagero algum; e Renata Ventura consegue fazer isto baseando-se na grandiosa obra de Rowling: Harry Potter. Já entrando no assunto, vi alguns comentários rolando pelos fóruns da internet de pessoas que não leram o livro e o rotulam como uma cópia descarada da trama de Potter. Porém, o que apenas aqueles que leram as entrevistas de Renata Ventura ou o prefácio de seu livro A Arma Escarlate sabem é que a escritora sentiu-se no livre-arbítrio de criar uma escola de bruxaria brasileira quando leu uma entrevista de Rowling, que dizia que qualquer um poderia fazê-lo. Ventura é, antes de tudo, uma fã de Harry Potter, e, na verdade, faz de tudo para que suas criações se afastem ao máximo das de Rowling (porque aí sim entram em pauta os direitos autorais da autora britânica). 

E é aí que conhecemos a mente criativa de Renata. Nada de basiliscos, horcruxes, lordes das trevas ou animagos (embora haja inúmeras referências a Potter, como a morte de Dumbledore e dementadores, que ela chama de dementores). A escritora brasileira opta por Mula-Sem-Cabeça, Curupira, Candomblé (uma religião derivada da África com muitos seguidores no Brasil) e feitiços em línguas indígenas. Mas o melhor da obra é que ela não mostra apenas a beleza da Cidade Maravilhosa e a existência de uma escola de bruxaria escondida em baixo da estátua do Cristo Redentor. Renata Ventura também destaca todos os podres de nosso país. Como ela mesma diz, o jeitinho brasileiro, a malandragem; que também não poderiam faltar em uma escola tupiniquim - mesmo que esta trate de educar jovens bruxos. Há a injustiça (na forma do Conselho da escola), a violência (o protagonista vive na favela Santa Marta em 1997, quando ela ainda era chefiada pelos bandidos), a desorganização (os materias extraviados são uma ótima prova disso) e a diferença social (a versão do Saara para a sociedade bruxa é excelente!). Mas ainda assim, vemos um pequeno grupo de jovens, conhecidos como pixies, que vão contra todo esse sistema sem temer nada ou ninguém. Mas nada é tão genial em A Arma Escarlate quanto o tema das drogas - do tráfico ao vício. E o melhor é que Renata Ventura consegue encaixar esse tema tão delicado em um mundo fictício maestralmente.

Como se já não bastasse, há personagens cativantes (tenho certeza que irá se identificar com algum), uma trama cheia de reviravoltas e surpresas e um final que abre totalmente para uma sequência. A Arma Escarlate oferece uma leitura que te pega e não solta, com temas que nos fazem refletir. Uma releitura fiel ao Brasil em que vivemos, que merece uma continuação. Estou na espera, Renata.

Obs.: A Cafeteria da Esquina foi o primeiro blog a entrevistar a autora. Clique aqui para ler.